terça-feira

FOME


A gente come saudade para não ficar com fome. Eu que nem sei direito de onde vem minha fome: se do estômago, do coração ou do baixo ventre. Só sei que é fome.
Fome de gente. De gente quente... servida inteira e não pela metade, com pitadas de beijos na boca,  passadas de mãos, leves mordidas, olhar de desejo e lambidas safadas. Tudo muito. Tudo farto. Sem miséria. Qual o espanto?! Minha fome é de leão. Ou melhor, de tigresa!
De sobremesa, palavras de carinho, abraço apertado, beijinho no cangote, felicidade no corpo e a vontade de deixar o sol raiar sobre nós, amanhecidos ali, de conchinha. E nós largados naquela manhã que sempre ficou pra depois. E até disso que não se viveu eu tenho fome... Mas isso já é café da manhã, é desjejum. É outra hora do dia...
É que de repente, senti saudade. Ou terá sido fome?!
Ihhhh... Isso ainda vai dar banquete!
(para Jujuba)

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